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A eletrificação não é a única saída, outras possibilidades estão sendo estudadas.

É impossível falarmos sobre o futuro da mobilidade urbana sem repensar a matriz energética com foco na sustentabilidade. É importante definirmos que matriz energética é a composição das diferentes fontes de energia disponíveis que atendem um país conforme a sua demanda. Nesse sentido, incluindo também os meios de transporte.

Atualmente, em todo o mundo, o uso de combustíveis fósseis não renováveis é dominante. Aqui falamos de petróleo, carvão e gás natural. O seu uso traz efeitos negativos como poluição do ar e emissão de CO₂. Sabendo dos males causados por eles, há um grande movimento global para substituir por fontes limpas e renováveis, como hidráulica, eólica, solar e biomassa. Dessa forma, tentando mitigar os impactos das mudanças climáticas.

O setor de transporte é o maior responsável por emissão de CO₂ em todo o mundo, tendo um crescimento de 120% desde 1970. (Visite o post A mobilidade urbana está preparada para as mudanças climáticas?). Por isso, é tão urgente repensarmos a matriz energética, principalmente do ponto de vista da locomoção. Uma das soluções apresentadas que ganhou força nos últimos anos é a eletrificação da frota. Mas, hoje, não podemos afirmar que seja zero emissão de carbono.

Ainda vale ressaltar o uso do etanol no Brasil, que não é propriamente uma novidade, ocorre desde a metade do século XX e tem chamado atenção. Inclusive, o país quer se fortalecer nessa área. Assim, em final de 2023, foi apresentado o projeto de lei Programa Combustível do Futuro, com o objetivo de promover a mobilidade sustentável de baixo carbono. Sua elaboração contou com a participação do governo, indústria, associações representativas dos vários segmentos relacionados ao mercado de combustíveis e comunidade científica.

matriz energética - Liquid Works

Carros elétricos e o meio ambiente

Os carros elétricos poluem menos que os a combustão? Sim! Eles não têm impacto no meio ambiente? Infelizmente, tem, e, é justamente isso, o grande “porém” envolvendo essa questão. Aqui podemos citar duas problemáticas: quando a eletricidade do país é realizada via carvão mineral (como na China) e o uso de materiais raros para a confecção das baterias.

Já há estudos o sobre o tema e seus impactos. Um da Volvo comparou um veículo elétrico (VE) quando carregado a partir de fontes limpas e não limpas. No segundo caso, pode poluir até 70% a mais em todo o seu ciclo de vida útil. No entanto, outro levantamento da Nature e resumido pela Transport & Environment mostrou que, mesmo usando fontes “sujas”, ainda emite menos gases de efeito estufa do que um carro a gasolina ou diesel.

O grande debate em torno do VE tem sido mesmo a sua bateria. Segundo o Conselho Internacional de Transporte Limpo (ICCT), a extração de materiais como lítio gera emissões significativas dos gases de efeito estufa. Além disso, ainda há o impacto da mineração nas comunidades onde ocorre a extração, comprometendo o acesso à água. (Dados demonstrados no relatório Amigos da Terra Internacional, rede internacional de organizações ambientais de 73 países.)

Para driblar essa demanda, a indústria tem se movimentado positivamente. Nesse sentido, a reciclagem é uma das principais estratégias. Bem como, melhoria na eficiência de produção, redução de consumo de materiais raros e uso de outros materiais ambientalmente sustentáveis.

Hidrogênio Verde  

A eletrificação não é a única saída e outras possibilidades estão sendo estudadas. Por exemplo, o Hidrogênio Verde (H2V), que tem sido considerado uma opção de matriz energética limpa (daí vem a denominação “verde”). Ele é oriundo da eletrólise da água, sendo o processo de separação do hidrogênio e do oxigênio feito por meio da corrente elétrica, com fontes de energia limpa.

Seu uso tem diversas vantagens. Primeiramente, poder ser usado em carros, caminhões, ônibus e trens. Além disso, é fácil de armazenar e de transportar. Como pode ser comprimido sob alta pressão, tem a possibilidade de ser colocado em tanques e ser transportado com agilidade para locais distantes de onde é produzido.

Especialistas acreditam que o Brasil é um grande candidato a ser uma potência em relação ao Hidrogênio Verde. Afinal, o país já utiliza fontes limpas para produzir parte da sua eletricidade. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética, em 2021, a nossa matriz energética era dividida em 44,8% proveniente de fonte renovável e 55,2% de não renováveis. Mesmo assim, sendo a mais renovável em comparação à mundial.  Não é à toa que temos atraído atenção global sobre esse tema.

A Liquid Works tem como valor enfrentar desafios em busca de inovações e está de olho nessa questão, sempre buscando criar soluções. Aproveite e leia o post Solução Liquid: Pagamento eletroposto público de Caxias do Sul.

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