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18 meses após o início da implementação já podemos ver os primeiros resultados

Cerca de um ano e meio atrás, com a chegada do 5G na primeira capital – Brasília, nós, da Liquid Works, tentamos prever como seria o futuro. No post A tecnologia 5G aumenta as possibilidades para as Smart Cities falamos sobre como esse era um passo importante para termos cidades mais inteligentes. Quase 18 meses depois a pergunta que fica é… já houve alguma mudança?

Sim e não. É importante lembrar que a previsão para que todo o Brasil seja contemplado com a novidade é 2029. No entanto, a instalação está bem mais rápida do que se esperava. Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), em outubro, 234 cidades já haviam recebido o 5G. Ou seja, 50% dos brasileiros já vivem em cidades que contam com a nova tecnologia ativa comercialmente. Sendo o estado de São Paulo com o maior número de municípios (70) e Uberlândia a única cidade com as quatro operadoras oferecendo o serviço.

No entanto, quando saímos das grandes cidades, o panorama muda um pouco. Existem alguns empecilhos que atrapalham o avanço da implementação. Para começar, a falta de legislação de alguns municípios. Em seguida, falta de infraestrutura, que vão desde o alto custo da instalação das torres até vias de acesso precárias, que impedem os equipamentos de chegar. Sem contar, as inúmeras localidades ainda sem energia elétrica. Em outras palavras, tem o Brasil que já usufrui da modernidade, mas tem outro que não.

tecnologia 5G - Liquid Works

5G e as Smart Cities

Dizer que o 5G já possibilitou a ampliação das smart cities é exagero. No entanto, os municípios que já ostentam o título de cidade inteligente estão usufruindo dessa tecnologia para ampliar os seus serviços. Esse é o caso de Curitiba, que desde 2017 vem sendo reconhecida pela sua inovação, e está no Ranking Cidades Amiga do 5G, divulgado pela Conexis Brasil Digital e a Teleco.

O ranking analisou 201 localidades com mais de 150 mil habitantes. O seu objetivo era identificar aqueles que mais estimularam a oferta de serviços de telecomunicações por meio de políticas e ações públicas em 2023. Dessa forma, segundo a organização “este trabalho permite que os municípios verifiquem o seu status e identifiquem os pontos que requerem aprimoramentos”.

Na prática, as instituições e empresas ainda estão entendendo como pode ser utilizada a tecnologia, principalmente através da Internet das Coisas (IoT). Segundo um estudo feito pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em parceria com o BNDS, existem quatro áreas que mais irão se beneficiar com o uso em larga escala da IoT: agronegócio, indústria, cidade e saúde. Nesse sentido, é nessa última que podemos constatar uma aplicação mais prática.

No final do ano de 2023 entrou em operação, na cidade de São Paulo, a primeira ambulância com conexão 5G do Brasil. Isso significa que, o veículo pode enviar dados rapidamente para equipes no hospital para ajuda mais especializada e fazer chamada de vídeo em alta qualidade. Na fase de teste, o serviço apontou uma redução de 27 minutos no tempo de atendimento. Neste sentido, tendo o potencial de reduzir possíveis danos ao paciente.

Podemos afirmar que 2024 será um ano decisivo para a tecnologia 5G devido às eleições municipais. Os governantes (prefeito e vereadores) serão o responsável por dar andamento nos avanços que veremos nos próximos quatro anos.