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Dados pessoais – o que é e porque proteger

A LGPD é uma grande aliada, mas você precisa fazer a sua parte

Os mais antigos (aquele pessoal pré internet) costumavam dizer que nada valia mais do que o seu nome. Essa máxima nunca foi tão verdadeira como agora. Atualmente, os seus dados, sejam pessoais ou sensíveis, seus hábitos, desejos e aquilo que te identifica, estão valendo mais que ouro. Dessa forma, já passou da hora, de você saber como protegê-los.

Ao longo das décadas fomos nos tornando mais dependentes da tecnologia. Seja para pesquisas (quem ainda se lembra da Barsa?), compras online ou mesmo diversão. Dessa forma, fomos deixando um rastro de quem somos e o que gostamos. Rapidamente isso se tornou essencial para que empresas pudessem personalizar o que te oferecia. Por um lado, isso é bem bacana, mas por outro também pode ser preocupante.

Atualmente vivemos na era de informação. Com isso, o que uma empresa sabe sobre você é o seu maior aditivo. Em outras palavras, cada informação a seu respeito tem um valor considerável. Não é à toa que corporações, como o Google, Facebook e Amazon, são tão valiosas. Elas detêm muitos dados de milhões de usuários. E ainda querem mais, por isso todo aplicativo pede alguma coisa sua. Bem como, os cadastros estão ficando cada vez mais extensos.

O que pode acontecer com os meus dados

Essa história de vazamento de dados sendo usados de forma negativa pode parecer teoria da conspiração ou coisa de filme, mas já aconteceu. E mais de uma vez! O mais famoso deles ocorreu em 2018 com o Facebook. Cerca de 30 milhões de usuários foram atingidos. Além disso, estava ligado diretamente ao uso indevido de dados da Cambrige Analytica, em prol da candidatura de Donald Trump para a presidência dos EUA. Isso custou a rede social, em um único dia, perda de US$ 35 bilhões em valor de mercado na bolsa. E não parou por aí, em 2019, novamente, o Facebook teve dados de 419 milhões de pessoas expostos.

Esse tipo de vazamento pode ser usado de forma macro, para tentar influenciar grandes decisões (como uma eleição, exemplo dos EUA), ou de forma individual. Ou seja, é possível que uma pessoa mal intencionada em posse do seu nome completo e CPF realize fraudes. Assim como, em posse dos seus dados sensíveis possa tentar te extorquir, intimidar, fazer ataques discriminatórios, entre outros.

Como se proteger

Aqui vale destacar que existem vários tipos de dados, mas dois em especial são considerados pela LGPD (Lei Geral de Proteção de dados). Assim temos os pessoais, que são basicamente os nossos documentos, informações bancárias, endereço, dados de localização e outros. E existem os sensíveis, que são aqueles que relevam informações pessoais desde sua vida sexual até problemas de saúde.

Dados pessoais:

  • – Nome e sobrenome;
  • – Data e local de nascimento;
  • – RG;
  • – CPF;
  • – Endereço residencial;
  • – Endereço de e-mail;
  • – Número de cartão bancário;
  • – Renda;
  • – Histórico de pagamentos;
  • – Hábitos de consumo;
  • – Dados de localização, como por exemplo, a função de dados de localização no celular;
  • – Endereço de ip (protocolo de internet);
  • – Testemunhos de conexão (cookies);
  • – Número de telefone.

Dados sensíveis:

  • – Origem racial ou étnica
  • – Convicções religiosas ou filosóficas
  • – Opiniões políticas
  • – Filiação sindical
  • – Questões genéticas, biométricas e sobre a saúde
  • – Vida sexual de uma pessoa.

            A própria LGPD (Lei 13.709/2018) já é uma forma encontrada para fazer essa proteção. Ela permite que “o cidadão tenha controle sobre como suas informações são utilizadas por organizações, empresas e pelo governo”. Dessa forma, estabelece normas a serem seguidos por TODAS as empresas, principalmente as de tecnologia como a Liquid. Nesse sentido, criando “um ambiente seguro e controlado para seu uso e outros, sempre garantindo ao cidadão protagonismo nas decisões fundamentais”.

            Além disso, você também pode tomar alguns cuidados. Entre eles, ser criterioso com o que baixa no celular, utilizar verificação de dois fatores, senhas fortes, verificar se o site que você insere informações é confiável e não divulgar seus dados sem necessidade. Nesse sentido, falamos mais sobre como utilizar a internet de forma segura no post 6 Dicas para se proteger da tecnologia.